DEHUEL VIEIRA – PARTE
DE NOSSA HISTÓRIA – Wilson Brezerra. ELE FOI PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIALA E INDUSTRIAL DE MOSOSRÓ (ACIM), NO PERÍODO DE 1977 A 1979
Revendo mais um capítulo de nossa
história antiga, percorrendo as trilhas do arquivo de Raibrito, nos deparamos
com um artigo escrito pelo jornalista Rafael Negreiros, no qual ele muito bem
descreve uma figura que por muito tempo militou entre os mossoroenses.
Pois num dado momento o escriba
Rafael fez menção a Dehuel, o que nos estimulou a também dedicar alguns
instantes de recordações sobre essa figura que com ele convivemos por muitos
tempos em Mossoró, a começar pela Casa do Estudante, quando ele, vindo de
Alexandria, aqui chegou e aportou na companhia de mais dois irmãos, Demétrius e
Diomedis, sob a orientação de seu Sebastião Vieira, na época proprietário de
uma sorveteria na cidade.
Durou pouco tempo para Dehuel e seus
irmãos travarem amizade com os patrícios, justamente pela capacidade que os
mesmos tinham de fazer amigos. Os dois irmãos enveredaram em atividades
profissionais diferentes, Dehuel tomou a iniciativa de explorar o comércio, se
tornou um bem-sucedido empresário no ramo de Óleo de Oiticica, competindo no
ramo com uma fábrica, a exemplo de outras existentes na cidade, com os
concorrentes Raimundo José de Carvalho, Antônio Ferreira Néo, Aderaldo Félix
Bezerra, Joaquim Duarte Ferreira, os quais, na época, eram produtores do Óleo
Oiticica com exploração suficiente para abastecer não só o mercado interno,
como exportá-lo para várias regiões.
Dehuel Vieira Diniz, com absoluta
segurança, foi uma dessas figuras de excelentes qualidades, como estudante, bom
companheiro de escola, por onde passou deixou suas marcas de caráter e
dignidade que serviram de espelho às demais pessoas. Foi um homem que serviu de
modelo para uma sociedade justa e perfeita. Ao seu tempo, honrou a todos
quantos com ele conviveu.
Homem caridoso, quem o procurasse em
busca de solidariedade ele jamais faltaria ao pedido. Aquilo parece o
enaltecer. Fazia da solidariedade um porto de ancoragem aos seus princípios
morais, às suas boas intenções. Tão bem dirigia suas empresas como as entidades
por onde ele passou, como presidente do Rotary Clube, onde deu testemunho em
todos os momentos de sua postura como cidadão respeitável.
Foi assim como o conheci e convivi
durante muitos anos.
FONTE – O MOSSOROENSE